segunda-feira, 12 de novembro de 2012


O Caminho da Santidade

 


“Ora, amados, visto que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus.” (2 Cor 7:1)

Ninguém está de fora desse chamado à santidade. Essa é uma vocação comum a todas as pessoas, em todos os lugares e em todas as épocas, especialmente para os crentes. Não há tempo fácil para buscar santidade de vida; nem tempos tão difíceis que a torne impossível de ser alcançada. Mas há um caminho que sempre deve ser encontrado e trilhado por aqueles que querem atender ao chamado. Purificação e aperfeiçoamento são alguns dos passos que fazem parte dessa caminhada.
Nesse primeiro verso do capítulo sete da segunda carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo fala desse caminho de santidade e faz uma ligação com a promessa de Deus a Davi sobre o seu filho Salomão (2 Cor. 6:18, cf 2 Sam 7:14), como extensiva a nós e digna de ser usada como incentivo na busca de santidade; assim, o Senhor será como um pai para nós, e nós como filhos para ele e a expectativa dessa promessa, por si só, deve servir de incentivo para purificar-nos e aperfeiçoar-nos.
Purificar é perseguir um determinado padrão. Quando o oleiro toma uma porção de barro nas mãos, ele precisa retirar os pedaços de palha e as pequenas pedras até que o barro alcance o padrão de pureza, caso contrário, a peça não terá a beleza desejada. Aqui há um grande desafio, porque o padrão deixado por Deus para nós como meta é a perfeição: “Porque eu sou o Senhor vosso Deus; portanto santificai-vos, e sede santos, porque eu sou santo” (Lv 11:44) “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial.” (Mt 5:48).
A experiência confirma que não adianta diluir o padrão divino para um viver santo e misturá-lo aos nossos próprios padrões de mediocridade (embora isso seja uma tentação permanente e possa parecer até razoável). A questão é que o relacionamento de pai e filho que o Senhor deseja ter conosco só é possível se estivermos dispostos a atender ao chamado que ele nos faz para nos tornamos parecidos com Ele. O desafio parece mesmo impossível! Como não sucumbir diante dele?
O Senhor é santo e perfeito, mas não é um Deus insano que nos pede o impossível e em seguida nos condena por não atendermos suas expectativas. Refletindo sobre isso, o salmista afirma: “Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó” (Sl 103:14). O próprio apóstolo Paulo, quando orou ao Senhor mas não foi atendido em suas orações, compreendeu esse processo ao afirmar: e ele me disse: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo” (2 Cor 12:9). Agora podemos compreender melhor quando Paulo esclarece aos irmãos de Corinto que é preciso aperfeiçoar a santidade. Não podemos abrir mão da meta proposta, mas podemos descansar no cuidado de Deus em nos aperfeiçoar em direção à santidade a cada dia.
O chão do caminho da santidade chama-se “temor de Deus”. Essa é uma expressão que confunde muito, porque em nosso vocabulário mais comum temor está ligado ao medo. Ora, não se pode conceber que o relacionamento de pai e filho que Deus deseja ter conosco esteja baseado no medo. O apóstolo João explica isso em sua primeira carta: “No amor não há medo antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor” (1 Jo 4:18). O temor de Deus, então, passa pelo reconhecimento de quem Ele. Deus é todo poderoso. Ele chamou tudo que existe à existência. Ele é desde sempre e será eternamente. Ele é santo, perfeito, justo, amoroso e digno de adoração. Quando descobrimos Sua grandeza e perfeição somos tomados pelo deslumbre que pavimenta nosso aperfeiçoamento.
Purificação e Aperfeiçoamento. Que o desejo de ser íntimo de Deus nos conduza ao caminho da santidade.


terça-feira, 6 de novembro de 2012

"Somos chamados

para servir ao Senhor"
...
Não existe um lugar melhor do que a casa do senhor para estarmos. Nossas vidas entregues a um propósito de Deus. Ele nos escolheu para sermos líderes por excelência e darmos frutos  a cada dia nos capacita para que a sua obra se conclúa.




quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Pés de barro



Senhor,
 
Dá-me pés de barro, para que,

quando vierem terrenos pedregosos,

eu sinta que só Tu és a força e o caminho…

Dá-me um olhar cristalino,

para que possa ver-Te sempre presente

em cada rosto desfigurado, marginalizado,…

Dá-me mãos abertas para acolher

todos os que são abandonados,

vivem na solidão,…

Dá-me um coração de carne para amar sem medida,

sempre…

Dá-me coragem para denunciar a mentira,

Humildade para assumir os meus erros,

Humor para rir das minhas asneiras,

E, quando no fim,

como grão de trigo eu cair à terra,

a minha Fidelidade e Felicidade,

nesta entrega total a Ti,

Façam germinar Homens e Mulheres

loucamente apaixonados

pelo anúncio do Teu Evangelho. 

Amém! 

Na escuridão ou na luz, Deus está comigo!

"Nunca duvides na escuridão,
da verdade que Deus te disse na luz"

....
Não importa que não vejo nada, não importa o vale pelo qual estou passando… Deus é fiel e cumpre todas as suas promessas. Ele está comigo ali, no escuro, no vale e no abandono. Ele continua crendo e continua esperando que eu caminhe em direção ao cumprimento dos sonhos que Ele pôs em meu coração.





segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A escola do deserto

A escola do deserto


Deus treina seus líderes mais importantes na escola do deserto. Moisés, Elias e Paulo foram treinados por Deus no deserto. O próprio Jesus antes de iniciar o seu ministério passou quarenta dias no deserto. O deserto não é um acidente de percurso, mas uma agenda de Deus, a escola de Deus. É o próprio Deus quem nos matricula na escola do deserto.
O deserto é a escola superior do Espírito Santo, onde Deus trabalha em nós antes de trabalhar através de nós. Deus nos leva para essa escola não para nos exaltar, mas para nos humilhar.  
Essa é a escola do quebrantamento, onde todos os holofotes da fama se apagam e passamos a depender total e exclusivamente da graça de Deus e da provisão de Deus e não dos nossos próprios recursos.
Destacaremos, aqui, três verdades importantes:

1. Na escola do deserto aprendemos que Deus está mais interessado em quem somos do que naquilo que fazemos

Deus nos leva para o deserto para falar-nos ao coração.

No deserto ele nos humilha não para nos destruir, mas para nos restaurar.

No deserto, Deus trabalha em nós antes de trabalhar através de nós, provando que ele está mais interessado em nossa vida do que em nosso trabalho.

Vida com Deus precede trabalho para Deus. Motivação é mais importante do que realização. Nossa maior prioridade não é fazer a obra de Deus, mas ter intimidade com o Deus da obra. O Deus da obra é mais importante do que a obra de Deus.

Quando Jesus chamou os doze apóstolos, designou-os para estarem com ele; só então, os enviou a pregar.

2. Na escola do deserto aprendemos a depender mais do provedor do que da provisão

Quando o profeta Elias foi arrancado do palácio do rei e enviado para o deserto, ele deveria beber da fonte de Querite e ser alimentado pelos corvos.

Naquele esconderijo no deserto, o profeta deveria depender do provedor mais do que da provisão. Deus o sustentaria ou ele pereceria.

Deus nos leva para o deserto para nos mostrar que dependemos mais dos seus recursos do que dos nossos próprios recursos. É fácil depender da provisão quando nós a temos e a administramos. Mas na escola do deserto aprendemos que nosso sustento vem do provedor e não da provisão.

Quando nossa provisão acaba, Deus sabe onde estamos, para onde devemos ir e o que devemos fazer. A nossa fonte pode secar, mas o manancial de Deus jamais deixa de jorrar. Os nossos recursos podem escassear, mas os celeiros de Deus continuam abarrotados. Nessas horas precisamos aprender a depender do provedor mais do que da provisão.

3. Na escola do deserto aprendemos que o treinamento de Deus tem o propósito de nos capacitar para uma grande obra

Todas as pessoas que foram treinadas por Deus no deserto foram grandemente usadas por Deus. Quanto mais intenso é o treinamento, mais podemos ser instrumentalizados pelo Altíssimo.

Porque Moisés foi treinado por Deus quarenta anos no deserto, pôde libertar Israel da escravidão e guiar esse povo rumo à terra prometida.

Porque Elias foi graduado na escola do deserto pôde enfrentar, com galhardia, a fúria do ímpio rei Acabe e trazer de volta a nação apóstata para a presença de Deus.

Porque Paulo passou três anos no deserto da Arábia, ele foi preparado por Deus para ser o maior líder do Cristianismo.

Quando Deus nos leva para o deserto é para nos equipar e depois nos usar com graça e poder em sua obra.

Deus não desperdiça sofrimento na vida dos seus filhos. Ele os treina na escola do deserto e depois os usa com grande poder na sua obra.

Não precisamos ter medo do deserto, se aquele que nos leva para essa escola está no comando desse treinamento.

O programa do deserto é intenso. O curso é muito puxado. Mas, aqueles que se graduam nessa escola são instrumentalizados e grandemente usados por Deus!
 
*Que Deus vos abençoe!

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

 REFLITA

Fé não é achar que Deus fara tudo o que vc quiser, 
Fé é crer que Ele fara o que é "Melhor".
Max Lucado



Quem, eu?


Quem, eu?
 
Quem fez a boca do homem? ou quem faz o mudo ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o Senhor? Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca, e te ensinarei o que hás de falar. Êxodo 4:11,12

Sempre que você imaginar o que Deus poderia estar pen­sando quando chamou alguém como você para uma aven­tura tão extraordinária de fé, lembre-se de um pastor idoso, mal-humorado e com um registro de trabalhos malfeitos. Seu nome era Moisés. Um dos maiores líderes do Antigo Testa­mento foi também um dos mais relutantes.
Sua história começou nos cafundós de Midiã, uma região desolada do leste da península do Sinai. Depois de um começo promissor como filho adotado na corte de Faraó, as coisas começaram a degringolar rapidamente.
Um dia observou um capataz egípcio batendo em um israelita. Enraivecido e pensando que ninguém o via, Moisés matou o egípcio e o enterrou na areia. No dia seguinte, quan­do tentou separar dois israelitas que brigavam, um deles dis­se: "Quem o nomeou líder e juiz sobre nós? Quer matar-me como matou o egípcio?" (Êx 2:14, NVI)
Sentindo-se rejeitado pelo próprio povo e denunciado como assassino, Moisés foge. Durante quarenta anos fica es­condido no deserto pastoreando ovelhas, um homem que fugia do fracasso e da vergonha.
Mas Deus ainda tinha planos para Moisés. Um dia lhe fala de uma sarça ardente, e o que apresenta é uma proposta: "Vem, agora, e eu te enviarei a Faraó", diz Deus, "para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egi­to" (Êx 3:10).
Diante das circunstâncias e de seu passado, a reação de Moisés é compreensível. "Quem sou eu?", ele pergunta. Qua­se podemos ver sua boca se escancarando. O futuro divino extraordinário para ele lançou-o em uma crise de identidade total.
Você reconhece esse tipo de reflexo? Deus planta uma se­mente em seu espírito — um plano fora do comum, estimu­lante, para alargar seu território em nome dele. Mas você vê algumas coisas que Deus deve ter esquecido.
Você vê, por exem­plo, o que os "outros" que foram bem-sucedidos parecem ter e você não tem. Você vê o que seria necessário para o sacrifí­cio pessoal. Você vê sua própria existência triste, passado ques­tionável, personalidade difícil e habilidades enferrujadas...
Por que os planos extraordinários de Deus para você não o lançariam em uma crise de identidade?
Se você examinar a narrativa da conversa entre Moisés e Deus (Êxodo 3-4), verá Moisés apresentando uma objeção após outra para o destino que Deus tem em mente para ele:

• Quem sou eu para ir?
• Quem sou eu para liderar?
• Quem direi que me enviou?
• E se não acreditarem em mim?

Depois de dizer a Deus que sua falta de qualificação prin­cipal é que ele não é um bom orador, Moisés finaliza sua defesa com um pedido desesperado: "Ó Senhor, por favor, mande outra pessoa para fazer isso!"
Mas Deus insiste. E prevalece.
Espero que você não ignore este impasse do deserto, como se fosse uma dramatização na Escola Dominical, apresenta­da com sandálias de plástico, barbas de algodão e ovelhas de papelão. Esta é uma crise de identidade, e é o momento de definição na vida de Moisés. Veja, todas as suas perguntas e preocupações são boas. E todos os seus sentimentos de falta de adequação são reais. Mas, depois que Moisés diz sim, Deus usa esse pastor tímido e relutante para realizar um dos feitos de liderança mais espantosos da história.
Se você ainda não chegou a esse ponto decisivo, vai che­gar um dia. Como posso saber? Porque para realizar a mila­grosa obra do reino por seu intermédio, Deus vai ter de chamá-lo, apesar da verdade a seu respeito, e lhe mostrar que o que realmente importa é a verdade a respeito dele. Ele vai lhe dizer, como disse a Moisés: "Eu sou Deus". "Eu o estou enviando." "Meu poder e minha presença vão acompanhá-lo." "Eu nunca o abandonarei."
Esse será o início de sua nova identidade — um herói im­provável cujo Deus é forte, amoroso, confiável e presente o bastante para realizar qualquer coisa para a qual ele o chama a fazer.
Caso um dia fique imaginando o que Deus poderia estar pensando quando chama alguém como você, leia o eloquente discurso de despedida do pastor (todo o livro de Deuteronômio). Encontrará um homem tão transformado por toda uma vida observando o que Deus pode fazer que não passa um minuto falando do que ele pode ou não pode fazer.

Extraído do Devocional A Oração de Jabez de Bruce Wilkinson e David Kopp