12 Qualidades
do Jovem Líder Cristão
Neste número queremos compartilhar 12 Qualidades necessárias na vida de um Jovem Líder. Todo jovem que deseja fazer a obra de Deus deverá buscar estas qualidades em oração até que cada uma delas sejam geradas pelo Espírito Santo no seu interior. Tornando-se assim, uma realidade em sua vida. Uma observação se faz importante aqui: O Espírito Santo trará uma profunda crise, até que estas qualidades sejam geradas no interior de cada jovem, que ardentemente desejar estas qualidades impressas em seu interior, em seu caráter.
1º - O Jovem Líder deve ser: Transparente
Nada melhor do que nos relacionarmos com jovens transparentes. Esta é a marca de alguém que tem vencido o orgulho e a necessidade de ser aceito. Jovens transparentes, são jovens livres; mais ainda, refletem segurança nos relacionamentos.
2º - O Jovem Líder deve ser: Ensinavel
Jovens arrogantes e sabichões nunca aprendem nada. Se existe algo que nós jovens devemos aprender nestes dias, é a capacidade de sermos ensináveis. Disponibilidade para inclinar os ouvidos e o coração para ser ensinado, é um bom sinal.
3º - O Jovem Líder deve ser: Submisso
Uma das estratégias de Satanás na vida do jovem é fazê-lo rebelde e insubmisso. Submissão não é prisão, é liberdade. Submissão é uma dos segredos de uma vida longa, próspera e cheia de frutos. Jovens submissos às autoridades são jovens prevalecentes.
4º - O Jovem Líder deve ser: Tratável
É difícil conviver com alguém duro, resistente e cheio de razão. Jovens intratáveis nunca erram, estão sempre com a razão, justificam-se sempre e finalmente, nunca terão o caráter transformado. Afinal, são intratáveis. Aqueles que têm o coração amolecido por Deus se deixam tratar e se tornam grandes líderes na casa de Deus.
5º - O Jovem Líder deve ser: Humilde
Qualidade marcante de quem possui uma vida rendida diante do Senhor Jesus. Para estes não há lugar para o orgulho ou a soberba. Só há lugar para um coração despojado, entregue, rasgado diante do altar de Deus. Jovens com um coração humilde expressam a vida de Jesus.
6º - O Jovem Líder deve ser: Manso
Jesus disse que devemos aprender d'Ele, que é manso e humilde de coração, pois só assim encontraremos descanso para nossas almas. A humildade e a mansidão nos fazem ser semelhantes a Jesus, e traz descanso a nossa alma.
7º - O Jovem Líder deve ser: Cheio do Espírito Santo
Não pode ser cheio de si mesmo. Cheio de idéias e conceitos próprios. Deve ser cheio do Espírito. Na Bíblia, um dos símbolos do Espírito Santo é o vinho, símbolo de alegria e de vida. Assim os líderes jovens devem ser reconhecidos: cheios de alegria e cheios de muita vida de Deus - este é o nosso combustível ministerial.
8º - O Jovem Líder deve ser: Determinado
A determinação é um fator predominante na vida daqueles que querem vencer. Determinação é um ato da nossa vontade. Jovens de vontade livre terão mais facilidade para desenvolver esta qualidade.
9º - O Jovem Líder deve ser: Fervoroso
Este é o ingrediente que dá brilho ao ministério do jovem líder. Chega a ser empolgante observar alguns jovens no desenvolver de seu ministério. Há uma diferença entre um líder frio, um morno e outro fervoroso. O frio traz desânimo consigo, o morno não influencia em nada, enquanto que o fervoroso faz toda a diferença.
10º - O Jovem Líder deve ser: Motivado
Como é bom ter líderes motivados na igreja, e como é bom estar ao lado deles. Eles nos impulsionam a seguir em frente e vencer. Na verdade, a motivação do líder é responsável por 50% do êxito de seu ministério. Líderes motivados tem o crescimento desobstruído.
11º - O Jovem Líder deve ser: Disposto
Nada mais chato que tratar com pessoas indispostas. Geralmente não produzem nada, e tem a capacidade de influenciar negativamente, com sua indisposição, os que se mostram dispostos. Disposição é uma qualidade importante na liderança.
12º - O Jovem Líder deve ser: Ousado
E para finalizar, a bendita ousadia que nos conduz onde quer que o Senhor nos conduza. Uma pequena direção dada por Deus no nosso Espírito, nos fará avançar e prosperar naquilo para qual fomos dirigidos, sem qualquer dúvida, questionamento ou sentimento de incapacidade. O jovem líder que desenvolve esta qualidade, avança, prospera e supera suas próprias limitações.
Minha sincera oração,
é para que o Senhor gere em nosso espírito
um desejo e necessidade ardentes
por estas qualidades em nossas vidas.
Amém!
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Afinal, Quem é Jesus Cristo??
A Segunda pessoa da Trindade, o Filho Eterno encarnou-se e viveu na terra como Jesus Cristo o Deus-homem. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! Filipenses. 2.5 a 8.
Cinco palavras referentes a Cristo resumem toda a Bíblia:
PREPARAÇÃO: O Antigo Testamento – é uma preparação para o advento de Cristo
MANIFESTAÇÃO: Os Evangelhos – Tratam de sua manifestação ao mundo.
PROPAGAÇÃO: O Livro de Atos – trata de sua propagação (seu nome e seus ensinos).
EXPLANAÇÃO: As Epístolas – Explanam sua doutrina
CONSUMAÇÃO: O Apocalipse – Trata da consumação de todas a coisas referentes a ELE.
Cristo ressurgiu dos mortos e ainda vive. Não é apenas uma personalidade histórica, porém, uma Pessoa viva.
Ele é o fato mais importante da história e a força mais vital no mundo de hoje.
A Bíblia sem Jesus seria a matemática sem os números, a física sem a matéria ou a biologia sem a vida.
O Nome de Cristo permanece sozinho. Deus lhe deu um nome que está acima de todo nome.
Nenhum credo pode contê-lo, nenhum catecismo pode explicá-lo, carne de nossa carne, o próprio Deus do nosso próprio Deus. A Ele, pois, seja a glória., o domínio e o poder para todo sempre. “Porque nele habita corporalmente toda plenitude da divindade”: Colossenses 2.9.
Atributos de Jesus que só pertencem a Deus
Vemos que Jesus é Onipotente, Onipresente e Eterno em Mateus 28.18 e 20: “E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra... e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”;
João 16.30 revela sua Onisciência: “Agora, sabemos que sabes tudo e não precisas de que alguém te interrogue...”
A Imutabilidade de Jesus é comprovada em Hebreus 13.8 que diz: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente” .
Comprovamos também que todos os atributos do Pai estão em Cristoem Colossenses 2.9 “Porque nele habita corporalmente toda plenitude da divindade”
OS NOMES E TÍTULOS DE CRISTO
Os nomes e títulos dados a Jesus Cristo na Bíblia revelam muita coisa relacionada com sua natureza e trabalho.
1- JESUS – Foi o nome terreno conferido a ele por José desde o seu nascimento, em obediência a ordem de Deus dada por meio do Anjo Gabriel. Esta palavra significa “Salvador”. “E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados”: Mateus 1.21.
2- CRISTO – (provavelmente do grego), o mesmo que Messias (palavra hebraica). É um título que literalmente significa: “O Ungido de Deus”. “E Simão Pedro, respondendo, disse-lhe: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.”: Mateus 16.16.
3- O SENHOR – No Novo Testamento, corresponde a palavra “Jeová” do Antigo Testamento. Um dos nomes de Deus, consequentemente, quando aplicado a Jesus, é uma prova de sua divindade:“E toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai”: Filipenses 2.11.
4 - O VERBO – (Ou palavra de Deus) “E o verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e verdade”: João 1.14.
5- O FILHO DE DAVI – Nome pelo qual foi chamado mais de uma vez, é seu nome judaico característico, mostrando a sua descendência do Rei.“E, partindo Jesus dali, seguiram-no dois cegos, clamando e dizendo: Tem compaixão de nós Filho de Davi”: Mateus 9.27.
6- O FILHO DO HOMEM – É o nome que a maior parte das vezes Jesus empregou falando de si mesmo. “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido”: Lucas 19.10
7- O FILHO DE DEUS – É um título empregado freqüentemente por Jesus Cristo, a ele é aplicado geralmente com profunda reverência, por outros, bem como usado por ele próprio. Em João 9.34,35: “Eu mesmo vi e já vos dei testemunho de que este é o Filho de Deus. No dia seguinte João estava outra vez ali, com dois dos seus discípulos”.
A Bíblia esclarece que Jesus Cristo era o Filho de Deus antes de seu nascimento humano:
João 16.28: “Sai do Pai e vim ao mundo; outra vez deixo o mundo e vou para o Pai”.
I João 4.9: “...Deus enviou seu Filho Unigênito ao mundo, para que por ele vivamos”.
Romanos 8.3: “Deus enviando seu próprio Filho em ...”
João 3.16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que enviou seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
O QUE É TENTAÇÃO?
Foi isso que Lúcifer praticou para roubar o bem maior da Criação de Deus, os seres humanos, com sua imagem e semelhança, alma, e espírito, com sabedoria e inteligência.
Os anjos foram feitos servos, não tendo corpo físico, carne e sangue são espíritos e não poderiam multiplicar e nem encher a Terra.
Marcos. 12:25 – Porquanto, quando ressuscitarem dentre os mortos, nem casarão, nem se darão em casamento, mas serão como os anjos que estão nos céus.
Portanto, Satanás não pode reinar sem os seres humanos na Terra. Os anjos caídos pela rebelião de Lúcifer (demônios) precisam de corpos físicos, de carne e sangue, para praticar o reino da maldade. O homem e a mulher são seus emissários nesta Terra.
Tiago. 1:12 – Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem.
Como dissemos em outros estudos que, ser tentado não é pecado, mas a prática, o ato, o pensamento dá asas ao pecado, enche o coração de desejos pecaminosos.
Não é porque a Palavra diz que é bem -aventurado passar por várias tentações para depois de ser aprovado, ganhar a Coroa de Glória. Devemos enfrentar a tentação? Não!!! Mil vezes não!!!
A Palavra de Deus nos adverte: para fugir da tentação, para não pecar.
Fugi das tentações também não é um ato de covardia, mas de prudência e sabedoria, sempre vigiando para não se envolver com a tentação.
No caso de resistir a tentação, deve-se conservar um espírito fortalecido com orações a Deus, agradecimentos e súplicas ao Senhor Jesus Cristo, para que se fortaleça na Graça e no Espírito. Não somente ouvintes da Palavra, que nos alerta, mas sejamos perseverantes e confiantes na Palavra de Deus.
Pois aqueles que duvidam da Palavra, tentam a Deus. Por causa da incredulidade do homem, muitos morreram no deserto.
Apocalipse. 3:10 – Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.
A fé é a confiança que depositamos na Palavra de Deus. Confiando dignamente, ser leal, honrado e seguro. Isto é qualidade da fidelidade permanente sem mudança na mente. Mesmo enfrentando perseguições e provações temos que sermos fieis ao Senhor.
Perseverante: Paciente, aqueles que sofrem dores físicas e morais, enfermidades na carne, e ofensas à nossa dignidade, e lealdade.
Jó. 1:8 – E disse o SENHOR a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal.
Por tudo que Jô sofreu na carne não sabia que estava na mão de Satanás, não pecou, teve paciência com seus amigos que eram usados pelo inimigo, que lhes ofendia moralmente, e mais pela sua lealdade para com Deus perdoando as ofensas de seus amigos.
2Pedro. 2:7,8- E livrou o justo Ló,(Sobrinho de Abraão) enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis (de Sodoma e Gomorra). Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias a sua alma justa, vendo e ouvindo sobre as suas obras injustas.
Não blasfemar, nem ofender a santidade, a dignidade, a honra e o poder do seu Criador. Passando pela prova e mostrando-se autêntico e fidedígno em sua fé em Deus.
O que é Provação?
Prova: um teste da nossa intenção ou sentimento para com Deus, um ato de provar nossa fidelidade.
O crente fiel deve enfrentar estas provas com alegria na alma.
Tiago. 1:2 – Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações;
Para que servem estas provações?
Romanos. 5:3,4,5 – E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.
Reconhecer a nossa firme dedicação em nossos relacionamentos perfeitos e corretos para com Ele. Para crescermos espiritualmente na fé, amadurecermos na esperança, para nos capacitarmos a olhar além dos nossos problemas presentes, tudo aquilo que o Senhor Jesus, pela sua graça, nos tem guardado para nos presentearmos através do Espírito Santo.
Deus abençoe a todos.
UMA VERDADEIRA OFERTA
TEXTO BÁSICO:
Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do
fruto da terra uma oferta ao SENHOR. Abel, por sua vez, trouxe das primícias
do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o SENHOR de Abel e
de sua oferta. (Gn 4:3-4)
INTRODUÇÃO
Os irmãos Caim e Abel já nasceram fora do paraíso,
com a natureza pecaminosa, e protagonizaram uma das histórias mais
triste de todo relato bíblico. Caim matou seu próprio irmão! O intrigante
é que tudo começou quando cada um, a sua maneira, apresentou uma
oferta ao Senhor, que, por sua vez, aceitou com agrado Abel e sua oferta,
mas não aceitou Caim e sua oferta (Gn 4:3-4 – NVI). Mas por que Deus
aceitou uma oferta e rejeitou a outra? É isso que veremos na lição de
hoje, que tem muito a nos ensinar sobre a maneira correta de nos aproximarmos
de Deus. Então, vamos ao estudo!
ANALISANDO O RELATO BÍBLICO
O capítulo 4 de Gênesis conta a história de Caim e Abel, os primeiros bebês
nascidos no mundo, filhos de Adão e Eva. Nesse capítulo, nós também
encontramos o primeiro relato bíblico de um ato de adoração na história da
humanidade. Pois bem, ao estudarmos um pouco mais sobre esse relato,
veremos que, sem uma atitude interior correta, as mais “bonitas” ofertas
externas tornam-se inaceitáveis para Deus. Para entendermos isso de forma
mais clara, tracemos um paralelo entre os dois filhos de Adão e Eva e entre
as atitudes deles com relação à oferta que apresentaram a Deus.
1. Os dois filhos:
Deus ordenou a Adão e Eva: ...enchei a terra (Gn 1:28)
e eles obedeceram gerando filhos e filhas (Gn 5:4). O primogênito do
casal foi Caim (Gn 4:1). Apesar de Deus ter multiplicado grandemente
o sofrimento na gravidez e no parto (Gn 3:16), Eva deve ter se alegrado
com nascimento de seu primeiro filho. Ela exclamou: Com a ajuda de Deus,
o Senhor, tive um filho homem. E ela pôs nele o nome de Caim (Gn 4:1).
O significado que mais se aproxima ao nome de Caim é “adquirido
do Senhor”. Pena que ele foi uma grande decepção para seus pais.
Os dias, os meses e, quem sabe, até anos se passaram e Eva deu à
luz novamente: Tornou a dar a luz, e teve Abel (Gn 4:2). O nome desse
segundo filho deriva-se de um vocábulo hebraico que quer dizer “sopro”
ou “vapor”. Alguns comentaristas chegam a sugerir que o nome pode
também significar “fraqueza” ou “vaidade”. Os dois significados podem
ser verdadeiros. Não sabemos se esse era o objetivo de Adão e Eva, mas
os nomes desses dois irmãos lembram algumas verdades importantes.
Caim, “adquirido do Senhor”, nos lembra que a vida vem de Deus, enquanto
que Abel, “vapor”, “sopro”, “fraqueza” ou “vaidade”, nos lembra
que a vida é breve.
Apesar de serem irmãos, eles eram bem diferentes um do outro. Ao
passar os dias, ficava cada vez mais evidente que cada um tinha suas próprias
habilidades e interesses distintos. Caim se tornou lavrador da terra.
Preparar a terra, semear e fazer colheitas eram as coisas que mais gostava
de fazer. Abel, o caçula, tornou-se pastor de ovelhas. Seu prazer era
cuidar do rebanho (Gn 4:1-2). Os dois escolheram boas profissões! Sem
dúvida alguma, Adão deve ter ensinado para os seus filhos a importância
do trabalho. Deve ter dito para eles que eram privilegiados por poderem
trabalhar, como ele próprio fazia (Gn 2:15).
Ambos conheciam a Deus. Certamente, seus pais haviam lhes ensinado
sobre o Criador e sobre o valor de buscá-lo. Por isso, eles tinham
necessidade de aproximar de Deus e adorá-lo. Então, passado o tempo,
certo dia, ambos, Caim e Abel, trouxeram uma oferta ao Senhor (Gn 4:3-4).
O texto não diz e nem deixa transparecer que essa oferta foi ordenada.
Eles fizeram isso voluntariamente. Esse gesto, provavelmente,
era uma resposta de gratidão deles a Deus, pela dádiva da
fertilidade da terra e dos animais. Vejamos como aconteceu.
2. As duas ofertas:
Caim e Abel, cada um de acordo com a sua profissão,
ofereceram do resultado do seu trabalho ao Senhor: ...trouxe Caim
do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel também trouxe dos primogênitos
das suas ovelhas e da sua gordura (Gn 4:3-4). O Senhor se agradou de
Abel e de sua oferta, mas reprovou Caim e sua oferta. Não sabemos como
eles ficaram sabendo disso. Talvez Deus tenha demonstrado sua aprovação
enviando fogo do céu, ou, quem sabe, isso se tornou evidente, quando
o rebanho de Abel se multiplicou, enquanto a colheita seguinte de Caim
foi um fracasso.5 Seja como for, Deus fez a sua escolha conhecida.
Ao se sentir rejeitado, Caim despejou toda a sua ira sobre seu irmão, e o
matou (Gn 4:5,8). Cabe-nos, aqui, uma pergunta: Por que o Senhor aceitou
uma oferta e rejeitou a outra? O problema estava na oferta ou no ofertante?
Muitos dizem que o problema estava na oferta, visto que uma envolvia
morte e derramamento de sangue e a outra, não. Todavia, “não é correto
afirmar que a ausência de sangue desqualificou a oferta de Caim e qualificou
o sacrifício prestado por Abel. Caim foi rejeitado por que a intenção do
seu coração era má”.6 Isso ficou evidenciado na sua atitude posterior.
O problema não foi o que eles ofertaram, mas a atitude com que o fizeram.
Tanto a oferta de animais como a de frutos da terra, que, até então,
não haviam sido normatizadas, eram aceitas por Deus. Observe que, na
sentença de aprovação e reprovação de Deus, nos versículos 4 e 5 de Gênesis
capítulo 4, os nomes dos ofertantes aparecem antes das referências
as suas ofertas. Deus está “mais interessado” na pessoa do ofertante do que
no tipo da oferta.7 Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um
coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus (Sl 51:17).
Caim não foi rejeitado por causa da oferta que escolheu, mas por causa
de si mesmo, diferentemente de Abel, que “veio a Deus com atitude certa
de um coração disposto a adorar e pela única maneira em que os homens
pecadores podem se aproximar do Deus santo”.8 Abel era especial!
O Novo Testamento mostra que a sua fé era diferente da de Caim: Pela
fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim (Hb 11:4); e
também mostra que as suas obras eram diferentes das dele: Caim (...) era
do maligno (...) suas obras eram más, e as do seu irmão justas (I Jo 3:11).
Culto e oferta só agradam a Deus quando o ofertante tem fé e obras,9 o
que não era o caso de Caim. A essa altura, é bom entendermos que a oferta
também é importante para Deus, mas não é o principal. Jesus disse: ...se
trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares que teu irmão tem alguma
coisa contra ti, deixa diante do altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te
com teu irmão (Mt 5:23-24). Note que a ênfase de Cristo está no ofertante.
Abel foi aprovado como ofertante! E nós? Na seqüência deste estudo, vamos
considerar, pelo menos, três marcas de uma oferta que agrada ao Senhor.
LIÇÕES PARA VIVER
1. Uma oferta que agrada ao Senhor é marcada pela voluntariedade.
Leia com atenção todo o texto de Gênesis capítulo 4, versículos 1
a 5, e você vai constatar que as ofertas de Caim e Abel não são frutos
de uma imposição, mas produtos da voluntariedade. Elas foram espontâneas!
Adorar a Deus não deve ser encarado como uma obrigação
penosa, um fardo pesado a se carregar; muito pelo contrário, ela
deve brotar de um coração voluntário. Jesus disse que o Pai “procura”
os verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade (Jo
4:23). Ele “procura” e não os “obriga” a isso. Davi entendeu a vontade
de Deus, e tudo o que ofereceu ao Senhor foi espontaneamente e com
integridade de coração (I Cr 29:17 – NVI).
2. Uma oferta que agrada ao Senhor é marcada pela qualidade.
Preste atenção nos detalhes fornecidos pelo autor sagrado, no que diz respeito
às ofertas de Caim e Abel. Primeiro Caim: A Bíblia não diz que ele pegou
as “primícias dos frutos da terra”, ou seja, os primeiros e melhores frutos. Mas
diz: Caim pegou alguns produtos da terra (Gn 4:3). Não estamos querendo
dizer que os frutos de Caim eram ruins, mas, talvez, não fossem os melhores.
Isso não desqualifica sua oferta, afinal, não havia uma regra que dizia que o
Senhor aceita apenas as “primícias dos frutos da terra”, como também não
existia uma regra que dizia que o Senhor só aceitava os “primogênitos das
ovelhas”. Entretanto, observe o diferencial em Abel, que por sua vez, pegou
o primeiro carneirinho (...) e ofereceu as melhores partes ao Senhor (Gn 4:3-4).
Aquele que tem atitudes internas corretas, sempre oferecerá o seu melhor ao
Senhor, e essa oferta, com certeza, lhe agradará! Faça isso.
3. Uma oferta que agrada ao Senhor é marcada pela sinceridade.
Imagine Caim e Abel indo adorar a Deus. Caim, com seus lindos frutos
da terra, e Abel, com o melhor dos seus rebanhos. Duas ótimas ofertas!
Quem olhasse de fora, seria incapaz de pensar em rejeitar uma delas. Mas
Deus não vê como vê o homem. O homem olha para o que está diante dos
olhos, porém o Senhor olha para o coração (I Sm 16:7). Davi sabia disso: Bem
sei, meu Deus, que tu provas os corações e que da sinceridade te agradas (I
Cr 29:17). Deus se agradou da sinceridade de Abel e aceitou sua oferta. E
quanto a nós? Quando o adoramos, há sinceridade em nosso coração?
CONCLUSÃO
Você conseguiu entender por que Abel e sua oferta
foram aceitos, enquanto Caim e sua oferta foram rejeitados? Que o
Senhor Deus nos livre do caminho de Caim (Jd 11), pois ele é a trilha
da morte! Procuremos sempre andar pelo caminho de Abel, que conseguiu
aprovação de Deus como homem correto, tendo o próprio Deus
aprovado as suas ofertas (Hb 11:4 – NTLH). Com espírito quebrantado,
coração compungido e contrito, aproximemo-nos do Senhor! E, assim
como a de Abel, que a nossa oferta seja marcada pela voluntariedade, Pela quantidade e pela sinceridade.
José Libório, 23/05/2010